Texto Base: “ Oh! Como é bom e agradável viverem unidos os irmãos!”Salmo 133.1
No versículo em destaque temos uma afirmação de Davi ao observar os irmãos vivendo em unidade, não mais separados como duas nações; ele exclama Oh! Quão bom é isto! A expressão do Salmista me relembra o orgulho de Israel em ser eleita pelo Senhor como povo da aliança. Foi a eles que Deus se revelou, deu Suas leis, realizou seus grandes feitos. Isto de fato faz deles um povo especial!
Embora seja assim o Senhor em sua rica misericórdia nos deu a oportunidade de nos tornarmos parte desse povo por meio do sangue de Cristo na cruz e desde então nós que antes éramos tidos como gentios e estrangeiros, passamos a ser parte da família do Senhor (Ef. 2.19).
Como “família de Deus”, recebemos alguns deveres que são primordiais em serem cumpridos. O Senhor nos ordenou amar e cuidar uns dos outros como membros de um só Corpo (Jo.15.12; 1Co. 12.12-14,26) e isso pode ser traduzido por comunhão.
Jonh D. Barnett no editorial da revista “Uns aos outros” afirma que:
“Comunhão” para alguns significa nada mais do que uma conversa entre amigos, com cafezinho e bolachas. Para outros, um almoço de confraternização na igreja. Mas de acordo com o Novo Testamento, a comunhão tem a ver com aquela relação pessoal que os cristãos gozam, primeiramente com Deus, e depois, uns com os outros, tendo por base sua união com Cristo. Isto é obra do Espírito Santo. Notamos que este relacionamento é expresso através da cooperação na obra do Senhor, no compartilhar de bens materiais, através da maneira como mantemos “a unidade do Espírito no vínculo da paz” (Ef 4.3).
Comunhão verdadeira de fato não é fácil ser vivida, pois, implica em renuncia do nosso eu em favor do outro que por vezes julgamos tão diferente de nós. Embora seja difícil ser vivida devemos buscá-la em orações e ações diariamente.
Conta-se que na savana africana, quando um leão ruge, os antílopes que estão por perto correm o máximo que podem, até ficarem fora de perigo. Os elefantes, no entanto, dão um exemplo de apoio mútuo. As manadas de elefantes se posicionam formando um círculo, com os adultos na parte de fora, encarando a ameaça, e os animais novos protegidos dentro do círculo. Confrontados com tal manifestação de força e de apoio mútuo, os leões raramente atacam os filhotes.
Viver em comunhão é cuidar uns dos outros, a ponto de oferecermo-nos no lugar do outro, a semelhança dos elefantes ou melhor ainda a semelhança de CRISTO.
“Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós, e devemos das nossa vida pelos irmãos.[...]Filhinhos , não amemos de palavra, nem de língua, mas de fato e de verdade.” 1 Jo. 3.16,18
Que Deus nos ajude a ser irmãos melhores!
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