segunda-feira, 7 de maio de 2018

Capítulo 6: ...Eu me empenharia em Orientar e Equipar cada Membro para a Obra do Ministério


(DRESCHER, John M. Se eu começasse meu Ministério de novo. Traduzido por Rubens Castilho. São Paulo:Editora Cristã Unida, 1997. 99p.)

           Uma das maiores responsabilidades e tarefas essenciais de um pastor é equipar e capacitar cada membro para o ministério. Cada cristão recebeu um dom. Cada um deve ser estimulado por
todos os meios a usar esse dom no trabalho do reino. Um pastor que não esteja capacitando os membros para o ministério toma-se finalmente um fracasso, não importando quão grande ele possa
ser como pregador, organizador ou empreendedor de programas da igreja.
            Efésios 4.12-16 é uma passagem que realça esta função básica de um líder espiritual. Ela visa o “aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo, até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo, para que não mais sejamos como meninos, agitados de um lado para outro, e levados ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro. Mas, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é o cabeça, Cristo, de quem todo o corpo, bem ajustado e consolidado, pelo auxílio de toda junta, segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor.”
              Esta bonita passagem dá uma clara orientação com vistas ao objetivo final de toda nossa pregação, ensino e serviço. Todo nosso trabalho é equipar cada membro para não somente crescer conforme a semelhança de Cristo e ter discernimento espiritual, mas para preencher o lugar de cada pessoa na edificação da unidade, crescimento e amor no Corpo de Cristo. Nossa tarefa é incentivar, edificar e capacitar cada membro do Corpo de Cristo, de sorte que cada um sinta a significação do chamado de Cristo e assuma a responsabilidade de utilizar seu dom para a edificação do seu Corpo.

O Teste Final
                   
                    Eis aqui uma espécie de teste final da efetividade de um ministério. Alguns formaram muitos adeptos por meio da sua eloqüência e personalidade dinâmica ou habilidade de se expresssar. Grandes congregações cresceram durante uma geração em tomo desses líderes. Contudo, o teste ocorre quando essas fortes personalidades saem de cena. O teste consiste em saber se eles foram os equipadores de outrem para o ministério. Muitas vezes tais líderes tiveram apenas um cortejo de admiradores, mas não formaram um corpo de crentes que ministram realizando o trabalho de Cristo no mundo.
                         Lembro-me de um destacado pregador de uma prestigiosa congregação que lamentava precisamente este fato. Ele afirmou que a congregação fora edificada em tomo de um bem conhecido
pregador. Após o falecimento desse pregador, a congregação procurou outro ministro que pudesse comandar o mesmo tipo de ouvintes. Agora ele era um nessa sucessão de ministros. Seu desapontamento era que a congregação, através dos anos, foi um ajuntamento de sentadores e não de servidores. O povo gostava de ouvir, mas nunca aprendeu a trabalhar para o Senhor. A congregação era um grupo de indivíduos que se divertiam num teatro, e não um corpo, bem estruturado, equipado e trabalhando junto para sua própria edificação em amor.
           Como muitos ministros, comecei supondo que o trabalho da igreja era minha responsabilidade. Mas, que desafio e alívio tive quando percebi que meu chamado era para equipar cada crente a viver a vida de Cristo e a fazer o trabalho de Cristo no mundo, exatamente onde cada um vivia! Hoje eu preferiria ser o pastor de uma dúzia de pessoas que estão sendo equipadas e ativas em todos os tipos de serviço do que ser o pastor de mil pessoas que enchem os bancos da igreja, mas que têm pouca idéia do que significa funcionar como Corpo de Cristo. Pelo menos Cristo deve ter pensado que este era o meio de realizar esse trabalho. Ele é nosso exemplo e mostra o meio de disciplinar pessoas para o ministério.

A Grande Comissão

                        Na Grande Comissão (Mateus 28.18-20), a ordem é fazer discípulos. Os outros três verbos “ir”, “batizar” e “ensinar” são para o treinamento do ministério. Alguns observadores disseram que o declínio da igreja na Europa Ocidental era devido à falta de treinamento através dos anos. A igreja norte-americana está indo atualmente na mesma direção.
                           Em The Disciple-M aking Pastor (O Pastor Fazedor de Discípulos), o melhor livro recente sobre o discipulado de pessoas de que estou informado, Bill Hull afirma que não muita coisa mudará para melhor na igreja até que os pastores comecem a treinar discípulos, como Jesus fazia. Enquanto as congregações permitirem que os pastores dediquem seu tempo treinando a minoria espiritualmente bem, em lugar de se preocupar com a maioria de desmotivados e desobedientes, as pessoas não viverão e servirão como Cristo espera.
             Se eu estivesse começando meu ministério de novo, eu dedicaria preparação, tempo e atenção individualizada para discipular pessoas que, por sua vez, discipulassem outras.
                Um inadequado ministério de discipulado é evidente quando é difícil encontrar pessoas que ocupem posições para ensinar e servir na congregação, quando os grupos de estudos bíblicos e de oração param de crescer, quando as contribuições declinam, quando não há séria preocupação com os não freqüentadores da igreja e as missões mundiais, e quando uma congregação não produz ministros e líderes espirituais equivalentes à sua própria necessidade, e além dela.
                 No centro da liderança pastoral está um discipulado leigo com dons espirituais discernidos, desenvolvidos e estendidos. Se este tipo de discipulado não está acontecendo, eu consideraria o recomeço de meu ministério.
                A certa altura de meu ministério, planejei um curso de discipulado e convidei toda e qualquer pessoa a juntar-se a mim num prolongado período de estudo e experiência prática. Eu queria
iniciar somente com aqueles que tivessem o real anseio de participar dessa espécie de curso. Entretanto, somente umas poucas pessoas manifestaram interesse. Diante disto, a idéia foi descartada.
                  Percebo agora que Jesus selecionou e chamou certas pessoas para integrarem um programa de treinamento, após oração e jejum. Portanto, se eu estivesse começando meu ministério de novo, eu proporia um curso e escolheria e chamaria dez ou doze pessoas da congregação, convidando-as a associar-se a mim neste extenso e sério curso de discipulado. Um dos objetivos de tal estudo seria o de que, uma vez terminado o curso, os novos discípulos de Jesus se tomassem professores de outro grupo. Desta forma, o discipulado poderia expandir-se grandemente no Corpo de Cristo.
                    Aparentemente, a escola dominical, a pregação e outros programas congregacionais não estão realizando o trabalho de discipular as pessoas. Um caminho melhor deve ser encontrado.É impossível melhorar o método de Jesus, e se eu estivesse começando meu ministério de novo, faria desse modelo de discipulado a principal responsabilidade de meu ministério.

quinta-feira, 3 de maio de 2018

ABUBAQUER


ABUBAQUER


DEUS FEZ EXISTIR O QUE NÃO EXISTE

VERSÍCULO BÍBLICO PARA MEMORIZAÇÃO:
“Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará.” Mateus 6:6

INTRODUÇÃO:
Tudo aconteceu na época da 2ª Guerra Mundial. Exércitos inimigos invadiam as aldeias na Índia. Casas eram destruídas, pessoas morriam e famílias inteiras ficavam separadas.
Abubaquer era filho único, amava seus pais. Ele não queria imaginar que essa tragédia pudesse acontecer a ele. Ficar longe do pai? Nem pensar!

 Todos os dias Abubaquer chegava da escola, almoçava com a mamãe, fazia o seu dever de casa e passava o resto da tarde na mercearia do pai. O pai vendia pão, leite, frutas, cereais, brinquedos feitos em madeira e pipas. Abubaquer ajudava o pai nas vendas. Ele ficava ansioso, olhando para o relógio, pois às 17 horas em ponto, o pai fechava a mercearia e os dois subiam uma montanha para soltar pipa. Abubaquer ficava tão feliz, ficar bem pertinho do papai era tudo o que ele queria.

 Em certas ocasiões, o papai dizia:
— Hoje não vai dar para brincar, soltar pipa. Eu tenho que pintar a cerca.”
Abubaquer dizia:
— Não tem importância, papai, eu só quero ficar pertinho de você, eu posso até mesmo lhe ajudar!
Estar bem junto do papai era tudo o que Abubaquer queria.

Num certo dia, porém, Abubaquer almoçava com a mamãe, o pai estava saindo para ir à mercearia, quando ouviram os gritos dos vizinhos:
— Fujam! Fujam! Soldados inimigos estão aí! Fujam!

Era tarde demais! O papai foi capturado. Um soldado enorme o agarrou e o levou. Abubaquer e a mamãe conseguiram fugir junto com outros vizinhos. Correram muito, foram o mais rápido que puderam...

 O tempo passava lentamente. A mamãe conseguiu se estabelecer em uma nova aldeia. Ela conseguiu trabalho, conseguiu uma casinha para morar, uma nova escola para Abubaquer. Mas ele não queria reagir, não comia, não brincava com os novos amigos, não queria ir à escola...

 Habubaquer só pensava no papai e no dia me que pudesse encontrá-lo novamente.
A mãe de Abubaquer estava muito preocupada, ela dizia:
— Abubaquer, você precisa reagir, sair dessa tristeza. Comer, brincar, ir à escola. Quem sabe, um dia, a gente encontra o papai.
— A mamãe tem razão! Eu preciso reagir! – pensou Abubaquer.
Ele decidiu ir à escola. Quando voltou, enquanto passava diante de uma casa, Abubaquer percebeu que algumas crianças estavam de joelhos, com as mãos postas, conversando com alguém. Elas estavam de olhos fechados e Abubaquer não entendia com quem elas falavam, pois ele não via ninguém por perto. Ele ficou muito curioso, queria saber com quem as crianças falavam! Abubaquer esperou. Quando um dos meninos saiu, Abubaquer perguntou:
— Ei, amigo! Com quem vocês estavam falando, eu fiquei tão curioso, quis ficar aqui esperando, só para perguntar.

O menino parou, olhou atentamente para Abubaquer e lhe perguntou:
— Abubaquer, você já ouviu falar de Jesus?
— Eu, não, quem é “Ele”?
— Ele é o único e perfeito filho de Deus, que veio do céu, nasceu como um nenê para morrer numa cruz e ser o nosso Salvador. Ele venceu a morte e ressuscitou para nos dar vida, vida eterna, que dura para sempre. Ele é tão poderoso, Abubaquer, que Ele faz existir as coisas que não existem (Romanos 4:17).
Deus criou tudo o que há apenas falando.
Abubaquer ficou tão impressionado, ele não conhecia nada sobre Deus, sobre Jesus... Ele pediu a Jesus que perdoasse os seus pecados.
Abubaquer se despediu do menino e foi embora.

 No caminho, ele entrou numa venda, comprou uma pipa e escreveu nela um recadinho assim:
— Querido Deus, eu me chamo Abubaquer, o meu pai também se chama Abubaquer, eu moro na Aldeia da Montanha. Por favor, Deus, traz o meu papai pra casa.
Abubaquer subiu na montanha mais alta e soltou a pipa. Ele deu toda linha que ele tinha. A pipa chegou bem pertinho das nuvens. Abubaquer pensou:
— Agora sim, Deus já leu o meu recadinho, a pipa chegou lá bem pertinho d’Ele!
De repente, a linha da pipa arrebentou e ela foi embora, caindo... Abubaquer pensou:
— Não tem problema, Deus já leu mesmo! Eu vou para casa esperar o papai chegar.
Em outra cidade, numa estação de trem, um homem esperava ansioso que os passageiros descessem. Era o pai de Abubaquer. Ele tinha esperança que Abubaquer e a mamãe descobrissem onde ele estava e fossem ao seu encontro. Ele ia todos os dias à estação e esperava a chegada do trem. Ele sempre ficava decepcionado.


 Nesse dia, porém, ele percebeu que havia uma pipa presa no alto do último vagão. Ele se lembrou de Abubaquer, era a brincadeira predileta do filho. Ele correu até o trem, retirou a pipa e, para sua surpresa, leu:
— Querido Deus, eu me chamo Abubaquer, o meu pai também se chama Abubaquer, eu moro na Aldeia da Montanha. Por favor, Deus, traz o meu papai pra casa.
Quando o pai leu aquele bilhete, pulou de alegria! Aldeia da Montanha é para lá que eu preciso ir.

O papai entrou na estação e foi rapidamente para a Aldeia da Montanha. Quando ele desceu do trem, entrou numa mercearia e perguntou ao dono:
— O senhor conhece um menino chamado Abubaquer?
As aldeias eram bem pequenas, todos se conheciam.
O homem respondeu:
— Conheço, sim. Ele mora na rua de cima, na terceira casa à direita.


 O papai encontrou a casa, bateu na porta e Abubaquer veio atender. Quando ele viu o pai, gritou:
— Papai! Papai! Deus existe de verdade! Ele trouxe você de volta pra casa.
O pai abraçou Abubaquer, abraçou a mamãe. Ele queria saber sobre “Deus”, que é Todo Poderoso, que faz existir o que não existe.
O Deus que faz uma pipa voar quilômetros, só para que um pai reencontre a sua família.

Material autorizado por Bruno Barroso (Palhaço Lamparina)
DIREITOS AUTORAIS - Bruno Barroso e Shirley













UMA MENTIRA PUXA A OUTRA

UMA MENTIRA PUXA OUTRA
História Educativa que ensina as crianças a falarem sempre a verdade - ótima para ser contada no dia 01 de abril. (figura 1) 


– Por que você chegou atrasada hoje, Judite? – perguntou a professora bondosamente.
Judite ficou envergonhada. Como poderia ela contar para a professora que havia ficado brincando no parquinho novamente?
(figura 2) – Um carro me cobriu de lama – disse ela com hesitação.
Aí está. Já estava feito. Disse uma mentira. Mas não foi muito grande, pensou ela. Bem poderia ter acontecido realmente.
– Lama? – havia um tom de surpresa na voz da professora. Então Judite caiu em si. Já fazia semanas e semanas que não chovia.
(figura 3) – Bem, a senhora sabe, o Sr. Toninho deixou a mangueira escorrendo na rua e fez uma poça de lama – explicou Judite.
“Com essa já são duas mentiras” – pensou ela. “Oh, queria tanto que a professora não fizesse mais perguntas...”
– Mas seu vestido... não está sujo de lama – ia dizendo a professora.
– Tive que voltar para casa para trocar de roupa – disse Judite sem querer. E disse consigo mesma: “três mentiras!”
– Mas como você conseguiu entrar em casa?
“Puxa vida” – pensou Judite – “esqueci que a professora sabe que a mamãe foi hoje à cidade e não está em casa. O que vou dizer agora?”
– Bem... - Judite podia ver que a professora esperava pela resposta.
(figura 4) – Bem... sim, não fui para minha casa – disse ela, julgando-se um tanto esperta. – Fui à casa da minha prima Dulce e lhe pedi um vestido emprestado. Por isso que demorei tanto, é bem mais longe.
– Vejo – replicou a professora. – Você cresceu bastante para poder vestir roupas da Dulce, não é?
Judite estava quase chorando. Nada dava certo. Se tão somente não tivesse pronunciado aquela primeira mentira! E por que não havia se lembrado que Dulce era bem gorda?
– Este é um de seus vestidos mais antigos – balbuciou ela.
– Dulce deve ter crescido muito depressa – disse a professora, rindo. – Este vestido está como novo! Até parece que não foi lavado nenhuma vez!
Então Judite rompeu em pranto.
(figura 5) – Oh! É tudo mentira! – disse ela, soluçando. Estive brincando no parquinho, igual ao outro dia, mas fiquei com vergonha de que a senhora soubesse.
(figura 6) – Minha querida Judite, eu já sabia que você estava brincando – explicou a professora. – Eu também quase cheguei tarde, e vi você... Você nunca me disse uma mentira antes, não é verdade?
– É verdade, eu nunca disse uma mentira – respondeu Judite. E estou arrependida de ter mentido agora. Mas nunca pensei que teria que dizer cinco mentiras para sustentar a primeira...
– Eu fiz muitas perguntas a você, querida, para que você visse o que sempre acontece com os mentirosos. (figura 1) Uma mentira puxa outra, e logo você tem uma interminável cadeia de mentiras.
É assim que acontece, crianças. Sempre que você disser uma mentira, vai precisar dizer muitas outras para manter a primeira. As mentiras são como os elos de uma corrente: uma puxa a outra
Peça a Jesus que o ajude a sempre falar a verdade, a jamais falar uma mentira sequer.






SAMBO

SAMBO
Para o Dia da Bíblia
Versículo para memorizar: Salmos 119:130
Visuais: amplie as oito figuras em forma de cartazes ou transparências para retroporjetor

Naquele dia, Sambo estava muito contente. Para um menino africano era muito impotante completar 12 anos. Era a primeira vez que o menino ganharia dinheiro e poderia ir sozinho até alguma aldeia a fim de comprar para si o que quisesse. Sambo havia sonhado muito com esse dia. Pensava, pensava e não sabia que presente comprar. Talvez um livro! Mas ainda não tinha aprendido a ler. Numa tribo nativa da África é muito difícil aparecer uma professora. Então, talvez comprasse um brinquedo, daqueles que vira na casa de um menino, seu amigo. Sambo havia ganhado um bom dinheiro e queria comprar algo que pudesse guardar como lembrança daquele dia tão especial e feliz. Ele chegou à aldeia e começou a percorrer as casas de comércio, mas não encontrava nada que gostasse. Ele queria algo que fosse útil. Depois de caminhar por algum tempo, SAmbo deparou-se com um objeto que nunca vira antes. 

Mas que seria aquilo? Estava lá, exposto na loja; era a coisa mais estranha e curiosa que ele já vira. Seria brinquedo? Roupa? Para que serviria? Mas achou bonito! Então perguntou o nome daquilo.
- Guarda-chuva? - repetiu ele espantando quando lhe responderam. - Quer dizer que eu compro isso para guardar a chuva dentro?O homem da loja riu.
- Não rapazinho, você compra pra isso guardar você da chuva.
- Puxa, - pensou Sambo - quer dizer que, comprando isso, poderei andar na chuva sem me molhar?
Era muito bom pensar assim, pois quando chovia as crianças da tribo tinham que ficar nas ocas. 

Sambo ficou maravilhado e comprou o guarda-chuva.
- Vai ser um sucesso na tribo, pensou ele.
Foi caminhando para casa, pensando no dia em que poderia finalmente usar o seu presente. Olhando para o céu, viu várias nuvens escuras.
- Oba! - pensou ele - antes de chegar em casa poderei usá-lo. Sambo ficou felicíssimo. Não demorou muito e começaram a cair os tão esperados pingos de chuva. O menino sorria de contentamento.
- Pode chover, que agora eu não me molho - pensou ele. Que bom companheiro arrumei!E ele olhava para seu guarda-chuva. 

   Sambo caminhava e ía ficando molhado pela chuva.
- Epa, o homem da loja mentiu. Comprei isto e ainda estou me molhando.
Algumas pessoas passavam por ele e riam. Sambo pensou:
- Será que é assim que usa? Não, acho que deve ser de outro jeito. Puxa, como sou burro!Ele riu de si mesmo. Havia usado erradamente o guarda-chuva, mas agora sabia usar. 

 Sambo levantou o guarda-chuva acima de sua cabeça pensando que agora tinha acertado. Vocês acham que agora ele acertou? Claro que não! Continuava errado. Imaginem só, ter uma coisa tão boa e útil e não saber usar! E Sambo foi ficando bravo. Além de se molhar, ainda riam mais dele. Já ia voltar à loja e brigar com o dono, quando uma bondosa senhora o chamou e lhe disse: 

 "Não é assim meu filho, deixe-me mostrar a você'. E pegando o guarda-chuva de Sambo, ela o abriu. O menino levou um grande susto! Mas depois sorriu, , satisfeito, agradeceu muito à senhora e continuou seguindo seu caminho. 

Agora sim! Não caía uma gota sequer na sua cabeça! Sambo seguia para casa cantarolando, muito feliz mas também envergonhado por ter sido tão bobo. Alguma vez já aconteceu algo parecido com você? Você tinha algo, que era útil, mas não sabia usar? (Deixe as crianças comentarem)
Vocês sabiam que muitas vezes algumas crianças e também adultos agem do mesmo modo que Sambo? Têm algo muito mais útil que um guarda-chuva e não sab em usar. Você mesmo pode ter e não estar sabendo usar. do que estou falando? 

Da Bíblia, a Palavra de Deus. Ela é a coisa mais útil que podemos ter, é um verdadeiro tesouro. E nós seremos muito tolos se não a usarmos. você sabe como alguém não usa a Palavra de Deus? Primeiro, deixando de lê-la. É na Bíblia que encontramos o caminho de Deus para a salvação, que Ele nos oferece de graça, através de seu Filho Jesus (leia Romanos 6;3. Professor , se há crianças não salvas em sua classe, explique o plano da salvação e faça um apelo). Depois que cremos em Jesus e O recebemos como Salvador, o Espírito Santo vem habitar em nós, e Ele nos ajuda a compreender o que lemos e a lembrar do que aprendemos (João 14:26). Se não lemos a Bíblia, não poderemos lembrar do que ela diz.
Em segundo lugar, não usamos a Palavra de Deus, quando não colocamos em prática o que aprendemos. O versículo que aprendemos hoje nos diz: (Recapitular salmos 119:130). Se você tem ouvido a Palavra de Deus, mas continua mentindo, teimando, falando palavrão, desobedecendo a seus pais, brigando e fazendo tantas outras coisas, você não está usando o "entendimento" que essa Palavra pode lhe dar. Está desperdiçando esse tesouro tão útil que você tem. A Palavra de Deus, que é a verdade, pode fazer de você uma pessoa feliz, mas você precisa tê-la em sua vida e fazer o que ela manda.
Você quer fazer isso agora mesmo?
Peça ao Senhor Jesus que o ajude a ler e praticar diariament eo que Ele mesmo nos diz na Bíblia. (Leve as crianças a orarem silenciosamente) 










O SURDINHO

O SURDINHO

A meninada toda estava na rua. Como era divertido brincar com o surdinho!
- Sur – di – nho! Sur – di – nho!
- Chamavam os meninos.


E batiam nele de um lado e de outro. O menino surdinho ficava até tonto.
Os garotos ás vezes caçoavam tanto nele, mas tanto, que o surdinho corria pra casa, chorando, chorando.
Um dia os meninos abusaram demais. Chegaram até a lhe dar tapas, pisar nos pés, beliscar e empurrar com tanta
força que o surdinho até caiu no chão.
Ele queria ir para casa, mas não podia... os moleques o agarravam...
Assim que conseguiu escapar, fugiu, deixando os moleques rindo e caçoando dele.
Mamãe. – vocês sabem como são as mamães – logo percebeu que alguma coisa não ia bem. Correu e abraçou o Surdinho.
- Que foi, filhinho, que foi?
Ele também abraçou a mamãe e chorou muito, muito. Depois enxugou os olhinhos, ameaçou um sorriso, jogou um beijo para a mamãe e saiu. Ela estava fazendo o almoço e com gestos falou que ele não se demorasse.
A mamãe ficou em casa com um aperto no coração.
Surdinho passou escondido pela rua. Quando viu um menino, entrou num jardim até que o garoto sumiu. Olhou dos lados e não viu ninguém. Começou a correr, até ficar muito cansado. Daí começou a andar devagar. Estava tão distraído que nem sabia por onde andava. Seu coraçãozinho estava muito apertado. Ele já estava fora da cidade. É muito longe não???
De repente, Surdinho viu o trilho do trem. Começou a andar nele e a se equilibrar. Pulava nos paus que seguravam os trilhos. Achou tão gostoso brincar ali, sozinho, que até começou a sorrir. E pulava, pulava e ria bastante. Era a primeira vez que isso acontecia.
Sua mãe, lá em casa ficou aflita, e cada vez mais aflita. Lembrou-se do Surdinho, da sua tristeza, e pensou:
- Está acontecendo alguma coisa com ele. Saiu correndo para a rua. Viu os meninos brincando.
- Hei? Sabem do Surdinho?
- Ele não está em casa?
- Não, ele saiu e não voltou. Ajudem-me a procurá-lo.
Surdinho continuava correndo pelo trilho, rindo, rindo.
- Piuiiiii... Apitou o trem, lá longe.



A mamãe do Surdinho ouviu aquele apito e gritou:
- O trem, o trem!
Ela correu em direção à linha do trem. Os meninos foram atrás.
- Piuiii... Apitou o trem mais forte, mais perto.
De longe a mamãe viu o Surdinho brincando, pulando, pulando e o trem se aproximando.
As crianças começaram a gritar. Ficaram desesperadas. Queriam passar na frente do trem.
- Surdinho! Surdinho! Gritavam... Mas ele não ouviu nada, nem mesmo o apito do trem.
A sua mamãe chorando, gritou: - filhinho!
O maquinista do trem viu o menino, tentou brecar, mas não deu tempo...


Agora Surdinho estava feliz lá no céu, com Jesus.
Ninguém caçoava dele e ele podia ouvir tudo, tudo mesmo. Ouvia a voz de Jesus, tão meiga, tão amiga. Voz que ele aqui na terra já conhecia porque era um garoto que andava nos caminhos de Deus. Nunca faltava nos Cultos de Crianças. Era obediente e bom. Surdinho estava agora na sua casa de verdade. Na casa do Pai celestial, onde só havia alegria. Quem é de Jesus não precisa ter medo de morrer.
Alguma vez você já dormiu no carro do papai? E ele o pegou no colo, o levou com carinho para a sua caminha? Quando você acordou no dia seguinte, não estava mais no carro e sim na sua caminha...
A morte é assim. Você dorme aqui na terra e Jesus com carinho leva você para a outra casa. Quando acordar no dia seguinte, não está mais na terra e sim no Céu, no lugar de delícias. Isto foi o que aconteceu com o Surdinho.



Mas os meninos... Estes sim... Choravam arrependidos. Haviam maltratado tanto o Surdinho, que pena...
Agora o jardim perdeu a graça. A rua ficou triste sem o Surdinho. As crianças não quiseram mais brincar na calçada. Mas elas nunca mais caçoaram de outro menino. Nunca mais jogaram pedra num aleijado. Nunca mais riram de um bobinho. Nunca mais baretam num surdinho. Nunca mais... nunca mais.
E vocês?
Disse Jesus:
“Amarás ao teu próximo como a ti mesmo”.
Mateus 22:39






O NENÉM CHEGOU













O ESPELHO

O ESPELHO
Certamente que todos vocês conhecem a estória do espelho da Branca de Neve. Sempre que lhe era perguntado: -Espelho, espelho meu, existe alguém mais bela do que eu? O espelho respondia: -Branca de Neve é a mais bela. Foi assim até o dia em que a rainha malvada ficou com inveja e mandou um guarada levar a princesinha pra a floresta e... Todos conhecem o resto da estória e também não é sobre ela que vamos falar.

Acabo de ler um conto japonês "O retrato misterioso". É uma estória muito interessante e ilustra aquilo que estou querendo contar para vocês. Numa pequena vila do Japão, quando ainda ninguém conhecia o espelho, um moço encontrou um pequeno exemplar, na rua. Como era a primeira vez que via tal objeto , ficou admirado ao ver nele um rosto moreno de olhos negros e amendoados. Pensou: "è o retrato de meu pai! Como será que veio parar aqui?"

E muito contente guardou o "retrato" numa jarra. Todos os dias Kiri-tsum (assim se chama o moço) esperava que sua mulher não estivesse por perto para ficar contemplando o que ele pensava ser o retrato de seu pai, que já havia morrido ha muitos anos. Mas um dia sua mulher, Lili-tsê, descobriu o espelho dentro da jarra, olhou-o. O que será que ela viu? Exatamente. Viu um rosto de uma moça bonita. Então ela pensou que seu marido estava com um retrato de uma moça bonita escondido e ficou muito zangada, chorando sem consolo. Olhou outra vez e viu um rosto feio, triste e com raiva. Quando o marido chegou ela começou a se queixar e a querer saber quem era a moça do retrato. Mas quando Quiri-tsum olhou no espelho não viu moça nenhuma, viu seu próprio rosto, é claro. -Que moça, Lili-tsê? Não está vendo que esse é o retrato de meu querido pai!

E ficaram assim zangados um com o outro. Se Lili-tsê olhava, via uma mulher. Se Kiri-tsum olhava, via um homem. Estavam assim brigando quando passou por ali um sacerdote. Querendo ajudar, perguntou: - O que está acontecendo? - Minha mulher enlouqueceu. - Disse kiri-tsum. - Ele escondeu o retrato de uma moça na jarra. - Soluçou Lili-tsê.

O sacerdote pediu para ver o tal retrato misterioso. Quem foi que ele viu?Claro, ele mesmo. Um velhinho de barbas brancas, muito calmo e bom. -Como podem vocês brigarem por causa do retrato de um venerável sacerdote? Perguntou. E assim dizendo, abençoou-os, e depois  levou o espelho para colocar entre as relíquias do templo.

Não é interessante? Hoje isso não acontece porque todos nós conhecemos bem um espelho. E até é bom porque assim podemos nos pentear, ver se estamos com o rosto limpo, consertar algumas partes da roupa. Mas o mais interessante é a conclusão que podemos chegar com essa estória japonesa. O espelho diz sempre a verdade. Ele reflete aquilo que nós somos, exatamente. Se estamos zangados, pensando coisas ruins , ele só pode mostrar mesmo "uma cara de poucos amigos", feia e antipática. Estou até me lembrando do que disse Salomão, no livro de Provérbios:"Como na água o rosto corresponde ao rosto, assim o coração do homem ao homem". Não é a mesma coisa? A água ou o espelho só podem mostrar ou refletir o que está diante deles. O rosto reflete aquilo que está no coração. No livro de Provérbios 15.13, lemos: "O coração alegre aformoseia o rosto." Então, se você quer ter um rosto formoso, bonito, só tendo um coração alegre. E para ter um coração alegre, só colocando JESUS dentro dele. É por isso que nós vamos cantar, pedindo
a JESUS para ficar em nosso coração. (Cante) No meu coração, no meu coração. Ó Cristo, vem hoje entrar, vem hoje entrar, vem para ficar no meu coração, ó Cristo! Porque com JESUS no coração o nosso rosto será sempre alegre e bonito.








O BURRINHO PROBLEMA


O BURRINHO PROBLEMA
Figura 01 – Atenção amiguinhos! Hoje ouviremos a estória: ‘O Burrinho Problema’
Figura 02 – Numa bonita chácara, vivia seu João e sua família. Como eles gostavam de Mimoso, o burrinho de estimação.
Figura 03 – Mimoso era prestativo, acostumado a puxar carroça, e além do mais, o único animal que eles possuíam!
Figura 04 – Mas um dia, que tristeza! Precisando muito de dinheiro, resolveram vender o burrinho. Zézito correu preparar o Mimoso para a triste viagem ou despedida.
Figura 05 – Pegou a raspadeira e pôs-se a escová-lo. ‘Mas... Que tal um banho? Pensou Zézito! Mimoso ficará com o pelo muito mais macio e brilhante! Quanta gente vai querer comprá-lo.
Figura 06 – Muito bem! O burrinho estava lustroso e faceiro com um lindo cabresto no pescoço! E assim partiram seu João, Zézito e Mimoso.
Figura 07 – O garoto ia puxando o burrinho para que este não se cansasse, e ele e o pai iam a pé.
Figura 08 – De repente, um rapaz que passava de bicicleta, disse: ‘Será caduquice ou penitência? Rá, rá, rá... ’.
Figura 09 – Seu João achou que o rapaz tinha razão. Montou no animal e mandou Zézito puxá-lo. Andaram um pouco, e o menino já estava cansado.
Figura 10 – Encontraram então uma senhora que, de olhos arregalados, exclamou: ‘Tem graça! Um marmanjo montado, e o coitadinho do menino a pé!’
Figura 11 – Seu João achou que era isso mesmo e, estendendo a mão para o menino, o ajudou a montar no burro. Agora, quem ficou chateado foi Mimoso. Mas... A viagem continuou.
Figura 12 – ‘Quero ver o que vão dizer agora Zézito!’ Perto da cidade, viram uma banca de frutas, e o vendedor gritou: ‘Não sejam tolos! Querem vender o animal e vão os dois montados nele? Assim, quem vai chegar à cidade será à sombra do pobrezinho!’ Seu João: ‘Tá certo meu filho, acho que ele tem razão!’
Figura 13 – ‘Eu apeio, e você que é levezinho, vai montado. ’ E assim andaram quase um quilometro sossegado.
Figura 14 – Porém, que surpresa ao verem ao verem um menino, curvado diante deles dizendo: ‘Bom dia, majestade!’ ‘Por que majestade?’ Indagou Seu João. ‘Por que, apenas reis andam assim, com um criado as rédeas!’ Respondeu o menino. ‘O que? Criado eu? Que desaforo! Desce depressa, Zézito!’ Disse seu João. E o menino desceu. O senhor cansado de tanto palpites, teve outra idéia: ‘Meu filho, agora é o Mimoso que vai descansar! Vou carregá-lo um pouco, e assim contentaremos a todos. ’
Figura15 – E então fazendo o maior esforço do mundo, pôs o burro nas costas e, quase caindo, continuou o seu caminho.
Figura 16 – ‘Olhem, olhem!’ Que gritos horríveis! Era um grupo de meninos que vaiavam os nossos viajantes: ‘Uh, uh! Vejam três burros! Dois a pé, e um carregado. Qual deles é o mais burro?’ Seu João, irritado com mais uma crítica, tirou o burrinho das costas dizendo:
Figura 17 – ‘O mais burro sou eu! Pois venho dando ouvidos aos palpites de toda gente, mas vejo que é impossível satisfazer a todos! De hoje em diante, darei ouvido apenas a voz da minha consciência! Zézito, paz com a consciência e bola pra frente!’
Figura 18 – E... Já era quase noite , quando seu João e Zézito deram meia volta em direção à fazenda, pois resolveram não mais vender o burrinho de estimação.