AS MÃOS DE MINHA MÃE (FIG 1)
(História para o Dia das Mães)
(FIG 2) Uma bela e jovem mãe
colocou sua filhinha para dormir no berço e foi visitar uma vizinha. Muitas
vezes ela havia deixado a filhinha sozinha, por poucos minutos apenas, e nenhum
mal lhe acontecera. Assim, não teve dúvida de que também desta vez nada
aconteceria.
Chegando a casa da vizinha,
começou a conversar sobre algumas coisas, mas foi interrompida subitamente por
um som que sempre lhe causava um calafrio: era a sirene do caminhão de bombeiros.
- Não se preocupe – disse a
vizinha. – Tenho certeza de que o incêndio não é por aqui.
- Mas ouça! – disse a mãe. –
Parece que os bombeiros estão vindo para este lado! E veja o povo correndo!
Estão correndo nesta rua! E correm na direção da minha casa!
Sem dizer mais nada, ela correu
para onde o povo estava indo. E então viu sua própria casa em chamas! Fumaça e
labaredas já saíam pelo telhado.
(FIG 3) Minha filhinha! -
exclamou ela desesperada. – Minha filhinha!
A multidão era grande em volta da
casa, mas a mãe acotovelou-se por todas as pessoas.
- Meu nenê! Meu nenê! Minha
pequena Marja!
Um bombeiro agarrou-a:
- A senhora não pode entrar aí –
gritou ele. – Vai morrer queimada!
- Deixe-me ir! Deixe-me ir! –
gritou ela. E com uma força sobre-humana desvencilhou-se e correu para dentro
da casa em chamas, enquanto todos observavam espantados.
Ela sabia exatamente onde devia
ir.
Atravessando como uma flecha a
fumaça e as chamas, agarrou o pequeno tesouro que era sua menina, e fez meia
volta. Mas, vencida pela fumaça, ficou tonta e caiu; teria morrido queimada com
a nenê se um bombeiro não a tivesse levado para fora.
Toda a multidão gritou de alegria
quando ela apareceu! Mas ai! Embora o bebê estivesse salvo, a pobre mãe ficou
muito queimada. Pessoas amigas a colocaram numa ambulância e ela foi para o
hospital.
(FIG 4) Ali todos os médicos
viram que as mãos dela, aquelas valorosas e queridas mãos que tinham agarrado a
criança no berço em chamas estavam terrivelmente queimadas. Embora os médicos
fizessem de tudo para salvá-las, elas ficaram mutiladas e cheias de cicatrizes.
Meses depois a corajosa mãe teve
alta do hospital. E voltou para casa, com a filha.
As semanas tornaram-se meses e os
meses tornaram-se anos. A menina aprendeu a engatinhar, andar e agora já
corria. Estava crescendo. Começava a reparar nas coisas.
(FIG 5) Um dia, quando Marja
tinha oito anos, a mãe estava lavando louça na cozinha.
De repente, Marja viu algo em que
nunca havia reparado.
-Mamãe! – exclamou ela – que mãos
feias a senhora têm!
- Sim, querida – disse a mãe
calmamente, embora ferida demais com essas palavras. – São mesmo feias, não é?
- Mas porque a senhora tem as
mãos tão feias quando as outras pessoas têm as mãos bonitas? – perguntou Marja,
não sabendo que cada uma de suas palavras era como um punhal no coração da mãe.
(FIG 6) Lágrimas lhe
brotaram dos olhos.
_ Que foi que eu disse de mal,
que foi que eu fiz? – perguntou Marja.
Então a mãezinha tomou-a
pela mão e a levou ao sofá.
- Preciso contar-lhe uma coisa,
querida. – disse ela.
Então contou sua história, que
Marja não conhecia ainda. Falou do Incêndio, do povo que a procurou impedir, de
como ela a havia tirado do berço já envolto em labaredas, como caíra ao chão,
como fora salva e como recebera queimaduras graves.
- Minhas mãos eram lindas antes
disso – terminou ela.
Marja apertou entre as suas mãos
aquelas mãos mutiladas, com lágrimas a lhe deslizarem pela face.
(FIG 7) – Mãezinha querida –
disse chorando – são as mãos mais lindas em todo mundo!
Criança há outras mãos que foram
feridas por você. As mãos de Jesus, o Amigo e Salvador das crianças; as mãos
Daquele que desceu do Céu para salvar Seu povo do pecado, e levá-los para Seu
lindo país.
Vocês sabem o que aconteceu a
Jesus? Homens maus agarraram-no e o crucificaram.
(FIG 8) Martelaram grandes pregos
através de suas mãos e pés e o levantaram numa cruz, para ali morre. Depois o
sepultaram no túmulo de José de Arimatéia. Mas não o puderam reter ali. Ele
ressuscitou e subiu para o Céu, onde vive hoje, aguardando o feliz dia em que
há de voltar.
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