O CURRÍCULO E O PLANO DE AULA
1. O QUE É CURRÍCULO?
“Há muitos professores que vão para a sala de aula totalmente
despreparados ou preparados apenas em parte. São como mensagem. Falta-lhes a
energia e o entusiasmo necessários para produzirem os resultados que,
centralizado por direito, devemos esperar de seu trabalho”. John Milton Gregory
O professor que compreende seu compromisso com o
ministério de ensino se empenha no desenvolvimento de suas funções, preparando
suas aulas com afinco e clareza; sempre com o objetivo de que cada aluno tenha
a chance de crescer em conhecimento da Palavra de Deus e se torne um cristão
maduro.
Para que isso aconteça, é necessário que você como
professor (a), compreenda que não é só um mensageiro (a) que estuda a revista
ou o material escolhido pela Igreja para passa-lo com para sua classe, você
também é um elaborador de currículo!
“O elaborador de um
currículo publicado pode somente fornecer um conjunto de planos de aulas
genéricos, em “tamanho único”. Para que os planos de aula “sirvam” para uma
classe específica, eles devem ser ajustados para aquela classe. Só o professor,
que conhece as necessidades, os interesses e a capacidade dos membros da
classe, tem consciência dos limites de espaço e de tempo e de seus próprios
pontos fortes e limitações. Só o professor é capaz de adaptar a lição para que
ela seja apropriada para a classe”.[1]
O currículo[2]
é um campo permeado de ideologia, relações de poder e também é inseparável da
cultura. Tanto a teoria educacional tradicional quanto a teoria crítica veem no
currículo uma forma institucionalizada de transmitir a cultura de uma
sociedade.
Esse
encontro entre a ideologia e cultura se dá em meio a relações de poder na
sociedade. Por isso, o currículo se torna um terreno propício para a
transformação ou manutenção das relações de poder e, portanto, nas mudanças
sociais.
Deve-se
considerar ainda que o currículo se refere a uma realidade histórica, cultural
e socialmente determinada, e se reflete em procedimentos didáticos e
administrativos que condicionam sua prática e teorização.
A
elaboração de um currículo é um processo social por relacionar-se diretamente com
fatores lógicos, epistemológicos, intelectuais e determinantes sociais como
poder, interesses, conflitos simbólicos e culturais, dirigidos por fatores
ligados à classe, raça, etnia e gênero.
O conceito de
currículo é passível de múltiplas interpretações e perspectivas já que sua
construção está intimamente ligada ao sujeito em processo de aprendizagem e ao
universo de conhecimento. O currículo não é como normalmente o que se pensa –
uma relação de disciplinas ou uma lista de coisas a serem ensinadas -, é antes
de tudo uma construção cultural e para sua eficiência e contribuição social dever
ter aplicabilidade e apresentar resultados. O currículo torna-se um conceito
polissêmico pelas diferentes formas como é encarado, ao longo do tempo e de
diferentes formas em função do contexto social, econômico e cultural da sociedade
a que se destina.
De modo geral, pode-se tentar enquadrar o
significado de currículo escolar em duas
perspectivas:
I.
O currículo é identificado como um plano estruturado e organizado cuja
elaboração deve seguir duas regras: a previsão e a precisão dos resultados.
II.
O currículo representa um conjunto de experiências educativas,
identificando-se como uma ideia em permanente construção e reformulação.
Na primeira
perspectiva, o currículo é identificado como um conjunto de conteúdo a ensinar
e como um plano de ação, correspondendo a um plano de estudos ou a um programa,
estruturado e organizado a partir de objetivos, conteúdos e atividades. Na
segunda perspectiva, o currículo assume propósitos flexíveis e refere-se ao
conjunto de experiências educativas vividas pelos alunos no contexto escolar,
numa proposta global do currículo ao contexto em que ele é desenvolvido,
valorizando o papel do educador e educando, tendo em conta a importância de considerar
suas experiências, saberes, atitudes e crenças.
Alguns estudos
realizados sobre o currículo escolar a partir das décadas de 1960 e 1970 destacam
a existência de vários níveis de currículo escolar: formal, real e oculto.
A- Currículo Formal: apresenta-se como o currículo vigente e
transmitido aos professores na forma de guias de ensino, revista, projetos e
livros didáticos.
B-
Currículo Real: É o currículo que acontece dentro da
sala de aula com professores e alunos a cada dia em decorrência de um projeto
pedagógico e dos planos de ensino, corresponde ao currículo operacional. A
passagem entre o que é e o que se deseja, entre o ideal e o real, a teoria e a
prática, determina o currículo real.
C- Currículo Oculto: É o termo utilizado para denominar as influências que afetam a
aprendizagem dos alunos e o trabalho dos professores. O currículo oculto
representa tudo o que os alunos aprendem diariamente em várias práticas,
atitudes, comportamentos, gestos, percepções, que vigoram no meio social e
escolar. O currículo é oculto porque ele não aparece no planejamento do
professor, mas sim, nas relações cotidianas.
Sabemos que há
várias interpretações para currículo e assumindo um conceito plural e
integrado, atualmente a proposta de Gaspar e Roldão (2007)[3]
torna-se mais coerente ao apresentar uma síntese em torno de quatro grandes
características do conceito de currículo centrado nos:
I.
Resultados da aprendizagem – o conceito de currículo implica numa função de medição
procurando atingir fins mensuráveis, constituindo-se numa sequência de objetivos
com foco nos resultados a serem obtidos;
II.
Conteúdos a ensinar – currículo entendido como um conteúdo programático organizado
em planos de ensino com caráter permanente;
III.
Processos de aprendizagem – currículo como um projeto que se constrói e reconstrói,
tendo por finalidade o desenvolvimento e a promoção de relações pessoais e
sociais;
IV.
Meios para aprender – o currículo entendido como um conjunto de materiais
de estudo para aprendizagem, como um recurso que possibilita sua visibilidade e
aplicabilidade.
Nesta
perspectiva o currículo, sobretudo é um plano que resulta de um modelo
explicativo para o que deve ser ensinado e aprendido, a partir de indagações
como:
Roldão (2003)
aponta também para uma perspectiva triangular do currículo que interage em três
níveis de abordagem do conceito:
Práxis – currículo que se atualiza por meio da reflexão e
práticas que o constroem e reformulam de forma interativa;
Interação – currículo que está entre o prescrito (fato) e o
vivido (práxis), mediado pelas reflexões e interações dos envolvidos no
processo educativo.
Visto como uma prática, o currículo
traz então, outras perspectivas diante de uma visão mais pedagógica, justamente
devido ao fato de ser ele o responsável por tudo o que envolva a educação de
uma forma geral.
Como destaca
Sacristán (2000, p.15[4]),
“o currículo é a forma de ter acesso ao
conhecimento, não podendo esgotar seu significado em algo estático, mas através
das condições em que se realiza como uma forma particular de entrar em contato
com a cultura.” O currículo deve ser entendido de uma forma concreta e
dinâmica, que necessita de adaptações constantes para sua implementação nos
espaços educativos.
Todas as concepções de currículo aqui comentadas
mostram pequena parte da amplitude de seus significados. O currículo é o
coração da escola seja ela bíblia ou não, e o caminho em que todos percorrem,
nos diferentes níveis do processo educacional, sendo o professor peça
fundamental na construção do currículo. Por isso, deve haver compromisso,
participação crítica e colaborativa na elaboração ou regulações de currículos,
para que sejam mais adequados para a atual conjuntura histórico-social e aos
interesses e demandas da comunidade escolar.
2.
O QUE É PLANEJAR?
Muitos em
nossos dias definem esta palavra como “pensar no futuro com antecedência”,
tenho que dizer que planejar vai muito além de planejar o futuro.
Planejar é a arte de elaborar o plano de um processo de
mudança. Compreende um conjunto de conhecimentos práticos e teóricos ordenados
de modo a possibilitar interagir com a realidade, programar as estratégias e
ações necessárias, e tudo o mais que seja delas decorrente, no sentido de
tornar possível alcançar os objetivos e metas desejados e nele
pré-estabelecidos.[5]
Podemos
afirmar que planejar é uma das maiores necessidades deste século em todas as
áreas de atividades humanas. Se não há planejamento, o objetivo ficará sem ser
alcançado.
Piletti em
seu livro Didática Geral, afirma que:
No processo de planejamento procuramos responder às
seguintes perguntas: O que pretendo alcançar? Em quanto tempo pretendo? Como
posso alcançar isso que pretendo? O que fazer e como fazer? Quais os recursos
necessários? O que e como analisar a situação a fim de verificar se o que
pretendo foi alcançado?[6]
Se em
qualquer atividade há a necessidade de planejamento, podemos afirmar que muito
mais no ensino da Bíblia Sagrada. O professor e o líder de Escola Bíblica devem
manter sempre um planejamento do ano, do curso, da unidade e consequentemente
da aula; visto que se houverem objetivos claros a serem alcançados, todo o
planejamento se tornará mais simples, pois caminhará rumo aos objetivos que
foram definidos.
2.1.
QUAIS OS TIPOS DE PLANEJAMENTO DE ENSINO?
O planejamento de ensino é dividido em três tipos, diferenciados por seu
grau crescente de especificidade.
Planejar ou Diagnóstico: Inicia-se com o conhecimento do aluno
(sondagem) suas aspirações, frustrações, necessidades e possibilidade e suas
características.
Plano de Curso: Somente após se entender quem é o aluno e
quais as suas necessidades é que os objetivos a serem alcançados são definidos
criando um plano com conteúdo que dirigirá todo o processo de ensino por um
período determinado.
Plano de Unidade: Aqui os conteúdos
necessários pelo aluno são ajustados em blocos de conhecimentos, promovendo
assim um inter-relacionamento dos assuntos e melhorando a aprendizagem dos
alunos. Aqui é feito um planejamento básico de quantas aulas serão utilizadas
para cada conteúdo, como ele será ministrado (recursos), e como será o processo
de avaliação.
Plano de Aula: é a representação
das ideias do professor que, em tempo hábil e em condições favoráveis, devem
ser organizadas sistematicamente, após terem sido, uma a uma, repensadas,
censuradas, criticadas, analisadas, comparadas entre si, selecionadas e dosadas
para que, ao serem passadas em ações, possam provocar ou possibilitar um
trabalho de coparticipação, interação entre professor↔aluno.
Estas ações devem ser baseadas em princípios relacionados a técnicas e
ciências afins ao “Ensinar e Educar”, “Aprender e Transformar-se”, com o
objetivo de se conseguir o homem informado, sem que deixe de ser singular em
sua essência pessoal.
2.3.
IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO DE ENSINO
Um
“Professor de fato”, não se permite trabalhar sem planejar; isto é, sem a
sequência, o roteiro do seu realizar diário.
Planejar
permite um trabalho: sequente, graduado, contínuo, inter-relacionado (consulta
aos programas e planejamentos periódicos). O Plano de Aula tranquiliza o
professor, dando-lhe firmeza nas decisões; documenta seu trabalho em classe,
desde que sua conduta seja: “só executar, após planejar”.
Planejar
também evita lacunas ou repetições desnecessárias, na sequência das aulas,
possibilitando controle entre o tempo a ser usado e a aprendizagem a ser
dominada.
O tempo de
preparação do professor, vai determinar a sua apresentação diante da classe. O
material a ser usado, o ambiente, a idade dos alunos, influenciam no sucesso da
aula, mas o mais importante, é a pessoa do professor que se dedica. Deve
reconhecendo que é um servo de Deus e que não é suficiente que os alunos
aprendam fatos bíblicos, mas o fundamental é viver essas verdades estudadas, e
isso começa na vida do professor.
Se o
professor tem seu período de oração, estudo da lição, escolha dos versículos
chaves, como também das aplicações e ilustrações do cotidiano, se ele prepara o
esboço da lição e os materiais visuais necessários com antecedência, o aluno
percebe e isso se torna algo que motiva os alunos a aprenderem e desejarem o
conhecimento e prática.
2.4.CARACTERÍSTICAS
DE UM BOM PLANO DE AULA
ü Unidade Fundamental: todas as
atividades devem levar à conquista dos objetivos visados.
ü Continuidade e Graduação: o plano deve ser
de acordo com o programa oficial e obedecer a uma sequência gradativa do mais
fácil para o mais difícil.
ü Flexibilidade: deve dar margem a possíveis reajustamentos
sem quebra de sua unidade e continuidade.
ü Objetividade e Realismo: deve atender as
condições reais e imediatas do local, tempo, recurso, habilidades e preparo dos
alunos.
ü Precisão e Clareza: os enunciados do
plano devem ser claros, precisos, sóbrios com indicação bem exata e sugestões
para o trabalho a ser realizado.
2.5
QUESTÕES QUE TODO PROFESSOR ENFRETA NO PLANEJAMENTO DA AULA[7]
1. COMO
VOU ME PREPARAR PARA ENSINAR?
·
Para realizar a importante tarefa de ensinar,
preciso gastar tempo em oração. Admito para mim mesmo e diante de Deus que não
me sinto totalmente apto para ser um professor, mas que há uma razão por que
fui convidado para lecionar. Pedirei orientação a Deus e confiarei nele para guiar-me
com as palavras que direi e com as verdades a compartilhar.
·
Vou orar por meus alunos. Vou me lembrar do nome
de cada um e de algo especial sobre cada um deles. Pedirei a Deus que os
abençoe e que me prepare para responder a cada aluno de forma que os ajude e os
edifique.
·
O plano
de aula está no manual do professor e eu sei que preciso tê-lo em mente e
decidir quais partes vou adaptar para minha classe.
·
Sei que será importante ter auto disciplina para
investir tempo de qualidade a cada semana para preparar-me emocional,
intelectual e espiritualmente para o encontro com meus alunos. Vou revisar meu
plano de aula, orar por direção e por iluminação divinas, ler e reler as
passagens bíblicas da lição e repetir para mim mesmo a verdade que quero
comunicar.
2. QUEM SÃO AS
PESSOAS PARA QUEM EU ENSINO?
·
Quero conversar com um ou dois professores que
têm experiência com a mesma faixa etária com a qual estou trabalhando. Quero
conversar sobre as expectativas e sobre o que funciona e o que não funciona.
Vou pedir que sugiram recursos e atividades específicas que poderão me ajudar.
·
À medida que me familiarizo com meus alunos, vou
estar em sintonia com suas experiências, interesses, potenciais e necessidades
específicas. Quanto mais eu conhecer meus alunos, mais serei capaz de tornar a
lição interessante e relevante para cada um deles.
·
Sempre me lembrarei de que entre os alunos
haverá uma grande variedade de estilos de aprendizagem e de preferências e que
cada aluno mostrará uma combinação diversa de potenciais e de limitações
exemplificada pelas oito inteligências múltiplas.
3. O QUE
VOU ENSINAR E O QUE VÃO APRENDER?
·
O currículo dado é um ponto de partida para mim.
É o que me dá base e direção para cada aula. No entanto, quando leio o material
de cada aula, percebo que não terei tempo de aula suficiente para cobrir todo o
conteúdo. Parte do que é sugerido parece não estar ajustado a mim e aos meus
alunos e terei que fazer algumas adaptações.
·
Quero descobrir formas de construir pontes entre
o mundo antigo da Bíblia e a fé e a experiência de vida dos meus alunos. A
Bíblia se torna-rá a palavra viva de Deus quando os alunos compreenderem sua
relevância para a vida deles.
·
Devo me lembrar de que nem todos os membros da
classe atingirão, ao mesmo tempo e da mesma forma, todos os objetivos que
estabeleci. Porém, todos eles devem ser capazes de alcançar algo relevante na
aula.
4. QUE
ATIVIDADES E RECURSOS VOU PLANEJAR PARA A AULA?
•
Como cada aluno da classe tem graus diferentes
de prontidão, interesse, estilos de aprendizado e potenciais, será importante
planejar a maior variedade de atividades e de recursos possível.
•
Preciso ter cuidado para não planejar atividades
e recursos que são apenas divertidos e atraentes. As atividades e os recursos
precisam estar diretamente relacionados ao assunto da aula, ajudar-me a
comunicar as ideias principais da lição e auxiliar os alunos a atingirem as
metas que planejei.
•
As atividades e os recursos não devem ser apenas
para ocupar o tempo, mas algo que desperte a criatividade dos alunos. O que
está planejado deve atrair os membros da classe para uma reflexão séria e uma
aplicação pessoal da matéria em questão.
5. QUE
ESTRATÉGIAS VOU USAR PARA TRANSMITIR A IDEIA PRINCIPAL E ENVOLVER OS ALUNOS?
•
Quer eu tenha meia hora ou uma hora para
ensinar, será importante ter uma estratégia, um plano para o tempo que
passaremos juntos. A estratégia terá pelo menos cinco partes: convidar,
informar, examinar, ilustrar e inspirar.
•
Será
importante ser sensato com respeito à duração de tempo que cada atividade do
plano exigirá. Creio que será melhor atingir menos e fazer bem feito do que
tentar fazer tudo o que for possível numa correria para concluir o plano.
•
Devo lembrar-me de que o plano de aula é somente
um guia. Frequentemente, ocorrerá algo durante as aulas que vai exigir que eu
faça adaptações naquilo que eu havia planejado. Preciso ter flexibilidade com o
plano e não me escravizar a ele.
6. COMO VOU
PREPARAR O AMBIENTE DA SALA DE AULA?
•
Em casa, tento arrumar os móveis e decorar os
cômodos de forma que seja aconchegante para os meus hóspedes. Creio que devo
fazer o mesmo com o espaço onde darei aula. Quero que a sala seja atraente e
confortável para aqueles que vierem.
•
Se a arrumação e a decoração continuam as
mesmas, semana após semana, a sala se tornará desinteressante. Devo lembrar-me
de que a sala também ensina. De vez em quando, quero mudar a disposição dos
móveis Dez perguntas que os professores devem fazer e responder e exibir um
material visual novo na parede, quadros de aviso e forros de mesa diferentes
para despertar o interesse dos alunos.
•
Cada aluno deve ser capaz de enxergar e de ouvir
sem dificuldade. A mobília deve ser de tamanho adequado e os alunos devem ter
acesso a todo o material que se espera que eles usem.
7. QUE PERGUNTAS
FAREI?
•
As perguntas que eu faço podem ser muito
importantes para auxiliar os alunos a refletir sobre o assunto da lição e a
interagir uns com os outros e comigo.
•
Será proveitoso planejar minhas perguntas com
antecedência para eu não vacilar ou gaguejar procurando as palavras exatas.
•
Há pelo menos três tipos de perguntas para eu
considerar: perguntas de informação, perguntas de análise e perguntas de
opinião. É fácil pensar nas perguntas de informação, mas elas são as menos
importantes. As de análise e as de opinião têm maior valor e são mais difíceis
de formular de improviso. É por isso que preciso formulá-Ias com antecedência.
8. COMO VOU REAGIR
QUANDO UM ALUNO DISSER OU FIZER ALGO?
•
Quando faço comentários e estimulo os alunos,
haverá provavelmente mais motivação e participação por parte deles.
•
A maneira como eu me relaciono com os alunos
depois de terem dito ou feito algo que não entendo ou que aprecio pode
comunicar-lhes até mais sobre a natureza da vida cristã do que a lição que está
planejada.
•
Uma das nossas metas principais é construir
relacionamentos cristãos uns com os outros, com a igreja e especialmente com
Deus. É por isso que é tão importante que eu responda aos alunos de uma forma
carinhosa, apoiadora e positiva.
•
Quero desenvolver um extenso repertório de
respostas positivas, perscrutadoras, encorajadoras e reparadoras, que
estabelece relacionamentos em vez de ser um obstáculo para eles.
9. QUE ESCOLHAS OS
ALUNOS SERÃO CONVIDADOS A FAZER DURANTE A AULA?
•
Devo lembrar-me de que os alunos que fazem
escolhas são mais motivados e mais envolvidos no processo do seu aprendizado do
que aqueles que não têm a chance de escolher.
•
Há grandes e pequenas escolhas que são feitas a
cada aula, e todas são importantes.
•
Se eu não der oportunidade para os alunos
fazerem escolhas diversificadas, eles provavelmente farão escolhas as quais eu
não tinha planejado, podendo algumas delas ser inadequadas.
10. COMO VOU ORIENTAR A PARTICIPAÇÃO DO ALUNO?
•
Espero poder me lembrar de que o êxito do aluno
nas atividades que eu planejei estará diretamente relacionado com o grau de
clareza e detalhamento das minhas orientações.
•
Será importante dar orientações visíveis ou
escritas, quando for possível, além das orientações verbais.
•
Quando dou instruções, devo apresentá-las uma
por uma, e não sobrecarregar os alunos com excesso de orientações de uma só
vez.
•
Em algumas atividades criativas, será necessário
que os alunos se exercitem com o material antes que produzam alguma coisa com
ele.
2.6.
PLANO DE AULA E SUAS PARTES[8]
Todos os planos de aula envolve as seguintes
etapas:
A)
|
Planejamento
|
Previsão, coordenação geral
|
||
(Que se vai fazer?)
|
||||
B)
|
EXECUÇÃO
|
a) Organização
|
Pessoal
|
|
Material
|
||||
b) Métodos e processos
|
Ação do Ensino
|
|||
(Que se está fazendo?)
|
||||
C)
|
CONTROLE
|
Verificação Minuciosa dos resultados
|
||
(Que foi feito?)
|
IDENTIFICAÇÃO: Esse deve ser o
cabeçalho do plano, é onde estará designado as seguintes informações:
Projeto ou Revista: (Nome da
Revista ou do Projeto que está sendo usado
|
|
Data:
|
Nº da Lição:
|
Tema da Unidade:
|
|
Tema da Aula: (Titulo da Lição)
|
|
Lição Bíblica: (Qual a história Bíblica será usada?)
|
Texto Bíblico: (Texto Base da lição)
|
Objetivos
|
Saber (O que deve saber ao fim da lição)
|
Sentir (Qual o Sentimento que ela trará a ele)
|
|
Fazer (O que ele fará diante do aprendido)
|
|
Recursos Didáticos
|
Como irá contar a história da lição?
|
Quais os materiais foram usados?
|
PROCEDIMENTO
DIDÁTICO: Nesta parte do plano de aula, é onde todo o desenvolvimento acontecerá.
A -
Cumprimentos/ Momento das novidade:
|
Tire um tempo para
conversar com os alunos sobre o final de semana, as suas famílias, os seus
sonhos, seus problemas... conheça seus alunos.
|
B -
Momentos de Louvor:
|
Músicas de
louvor, música da lição...
|
Use música
para acalmar ou movimentar os alunos, tudo de acordo com seus objetivos
|
C -
Momentos de agradecimento/ intercessão:
|
É
importante que o professor incentive aos alunos nesse momento de orar e
buscar em Deus respostas aos seus pedidos, agradecimento e
intercessão.
É o
momento onde o aluno tem a liberdade de compartilhar suas alegrias e
aflições, o professor deve estar atento para acompanhá-los no decorrer das
aulas, mostrando interesse pela vida do aluno.
|
D - Incentivo de participação:
|
Esta é a
ponte entre o mundo do aluno e a lição bíblica. Pode ser uma pergunta
relacionada a algum fato história (Ex. História da escolha de Davi como rei –
você quer enfatizar que Deus olha o coração e não o exterior – Quando foi uma
vez que você se sentiu pequeno ou insignificante?). Pode ser um objeto que os
leve a pensar em alguma parte da história (mesma história – tire o rótulo de
uma lata e pergunte qual é o conteúdo desta lata, após todos falarem, abra a
lata e surpresa - Nós julgamos pelo que vemos...) Seja criativo em escolher está
“ponte”.
|
E -
Versículo para memorizar:
|
É sempre
bom escrever exatamente como vai usar (a tradução usada, e a parte do
versículo usado, se não usou todo). Como você vai ilustrar e ensinar
este versículo.
|
F -
Momento da Lição:
|
Deve ser feito pelo menos,
um esboço da história ou do estudo: aonde você quer chegar com o estudou ou a
história, os pontos, personagens e lugares que você vai enfatizar. Dependendo
dos seus objetivos, você vai enfatizar um aspecto mais do que o outro. Faça a
conclusão, a aplicação e as atividades de fixação da aprendizagem e desafios.
|
G –
Momento de Encerramento:
|
O
que é que você gostaria que seu aluno levasse consigo (lembra os seus
objetivos). A aplicação da lição deve levar o aluno a realidade de sua vida e
a mudar as atitudes que não condizem com o que foi aprendido.
|
H -
Avaliação da Aula (Fazer Logo depois da aula):
|
Como foi a aula? Como
foram os alunos? Teve alguma coisa que atrapalhou ou ajudou? Como posso
melhorar? Esta avaliação precisa ser feita logo após dar a aula. Você vai
percebendo como pode melhorar as coisas ao detectar o que deu certo e o que
deu errado.
|
[1]
Griggs, Donald L. Manual do Professor
Eficaz. Traduzido por Sandra Salum Marra. São Paulo: Cultura Cristã, 2015.
40 p.
[2]
Material adaptado da apostila de Currículo:
Múltiplas Interpretações do curso de licenciatura em Pedagogia da
Universidade Cruzeiro do Sul, março de 2017.
[3] ROLDÃO,
M. C. Diferenciação Curricular Revisitada. Conceito, Discurso e Práxis.
Porto: Porto Editora, 2003.
[4]
SACRISTÁN,
J. Gimeno. O currículo: uma reflexão sobre a prática.
Porto Alegre: Artmed, 2000.
[5]
BAFFI, Maria Adelia Teixeira. O planejamento em
educação: revisando conceitos para mudar concepções e práticas. In.: BELLO,
José Luiz de Paiva. Pedagogia em Foco, Petropólis, 2002. Disponível em:
<http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/fundam02.htm>. Acesso em: 22. Ago.
2011.
[6]PILETTI,
Claudino.Didática Geral. 21.ed. São
Paulo: Editora Ática.1997. p.21.
[7]
Griggs, Donald L. Manual do Professor
Eficaz. Traduzido por Sandra Salum Marra. São Paulo: Cultura Cristã, 2015.
40-44 p.
[8]Material
adaptado da apostila não publicada: Orientações
para o trabalho com crianças e adolescentes. Mestra Mary Ruth Dinkins.
Patrocínio:IBEL;2009.p. 35 e 36.
Nenhum comentário:
Postar um comentário